Ainda te escrevo e não sei bem o porquê. É difícil fechar um ciclo que tinha tanto de mim dentro. Dei-te mais do que aquilo que imaginei conseguir e, graças a ti, consegui.
As coisas estão claras e, de forma insólita, eu continuo ainda a tentar acender uma luz no meio deste escuro. Sinto saudades, muitas saudades. Não sei se, desde o dia em que dissemos adeus, alguma vez sentiste saudades também. Eu ainda sinto cada parte do meu corpo ligada a ti. Cada vez menos te sinto, e isso não tem tido nenhum impacto naquilo que restou de nós. A dor continua viva, e eu já a tentei viver de 1001 maneiras. Quanto mais tempo é preciso para olhar para ti e não sentir nada? Quantos mais quilómetros? Diz-me onde deixaste ficar tudo aquilo que sentias. Há umas coisas que lá quero largar também, estou cansada de tanto carregar com estes pesos. É engraçada a forma como tudo é relativo. Uma hora, os sentimentos fazem-te sentir leve, noutra, esses mesmos sentimentos podem ser um peso esmagador.
É isso que é suposto acontecer quando eles já não servem para nada? São de usar? E depois? Deixamos que nasçam outros sentimentos? É assim, só isso?
Pensei que me pudesses dar mais do que isso, porque tiveste capacidade para tal. Acreditei nos teus olhos, acreditei em cada palavra que saiu da tua boca. Acreditei em ti.
Inacreditável...
Eu ainda acredito.
Mesmo quando o meu coração aperta, é em ti que eu penso. Se calhar nem fazes ideia das vezes que passas na minha mente durante 24 horas, Talvez me chames de doida por ainda ter vontade de te abraçar até suspirar de alívio. Isso acontece porque ainda não descobri como evitar, e a distância não ajuda, pelo contrário. Vou continuar a sentir saudades, tu provavelmente já viraste a página onde eu estava. Se alguma vez sentires saudade, vais estar a sentir o mesmo que eu. E se isso acontecer, não deixes que nos percamos no tempo. Porque talvez nunca venhas a saber o quanto eu gostei de ti. E provavelmente, depois de tanto tempo, continuarei a não o conseguir expressar.
E não era amor. Sempre foste mais do que isso.
Entre o céu e a terra...
segunda-feira, 16 de janeiro de 2017
terça-feira, 22 de novembro de 2016
Não sabes...
Tu não sabes o que fizeste comigo. E eu também nunca vou conseguir explicar-te. Quero que fiques mas, ao mesmo tempo, quero que vás. E isto não se explica.
Esta minha cabeça dá, todos os dias, a volta ao álbum dos momentos que nunca fotografamos, mas vivemos. E quase que consigo voltar a sentir o vento frio da foz, num domingo à noite! Quase que consigo ouvir as horas de conversa aleatória que tínhamos pela madrugada fora...
Eu ainda choro que nem uma menina. E tu nem imaginas... E ainda não sei bem o porquê.
Às vezes até consigo ter medo das saudades que sinto. E já não sou assim tão pequena para ainda ter medo de ter saudades, porque não há que ter medo, sabemos bem aquilo que são. É precisamente por saber bem demais o que elas são que tenho medo. São capazes de nos fazer esquecer tudo aquilo que temos na cabeça, num determinado momento, para que o nosso cérebro se esforce ao máximo para tornar o nosso pensamento o mais real possível: como sentir o teu cheiro, ou voltar a ver maneira como sorriste para mim, ou para ouvir as gargalhadas que dávamos por causa de coisas sem qualquer sentido.
E não me digas o que isto é...
Porque ninguém sabe o que fizeste comigo.
Esta minha cabeça dá, todos os dias, a volta ao álbum dos momentos que nunca fotografamos, mas vivemos. E quase que consigo voltar a sentir o vento frio da foz, num domingo à noite! Quase que consigo ouvir as horas de conversa aleatória que tínhamos pela madrugada fora...
Eu ainda choro que nem uma menina. E tu nem imaginas... E ainda não sei bem o porquê.
Às vezes até consigo ter medo das saudades que sinto. E já não sou assim tão pequena para ainda ter medo de ter saudades, porque não há que ter medo, sabemos bem aquilo que são. É precisamente por saber bem demais o que elas são que tenho medo. São capazes de nos fazer esquecer tudo aquilo que temos na cabeça, num determinado momento, para que o nosso cérebro se esforce ao máximo para tornar o nosso pensamento o mais real possível: como sentir o teu cheiro, ou voltar a ver maneira como sorriste para mim, ou para ouvir as gargalhadas que dávamos por causa de coisas sem qualquer sentido.
E não me digas o que isto é...
segunda-feira, 7 de novembro de 2016
Antes não doía...
Eu precisei de ti. E, quando olhei à volta.... Foi quando percebi que não estavas. Mais uma vez.
As tuas dores já não são as minhas. Mas as minhas são tuas. E eu continuo a tentar encontrar o teu conforto, mesmo sabendo que tu és a causa dessa dor. E não consigo.
É que já foste tanta coisa para mim. Hoje não sei o que és.
O que passei contigo fez-me feliz, mas já não faz mais. Simplesmente porque deixaste de te preocupar em fazê-lo. Antes era genuíno, precisavas de me fazer feliz, querias. Falávamos daquilo que queríamos da vida. As tuas vitórias eram as minhas e as tuas derrotas também.
Aprendi contigo a caminhar devagar e tu aprendeste comigo o quanto fazem sorrir as coisas simples da vida.
Eu queria-te tanto, e tu simplesmente foste. Mas também peço desculpa. Porque eu não posso obrigar ninguém a ser-me leal. São coisas quem têm de vir de dentro, porque mais ninguém faz por ti.
Continuei a querer-te, mesmo quando continuava a doer. Mesmo quando eu pensava em ti e sorria, continuava a doer. E antes não doía...
terça-feira, 13 de setembro de 2016
Isto faz sentido?
Quando notei já tinha caminhado imenso. Por momentos tudo senti um vácuo à minha volta, e só havia uma única coisa na minha mente. O teu perfume. Continuava a caminhar e não conseguia perceber como o sentia ainda tão presente. O coração ainda batia desalmadamente e as pernas também ainda tremiam. E ao pensar que "não percebo...", eu só minto. É claro que eu percebo.
Sempre percebi. Só não percebo porque é que, inconscientemente, ainda me sinto tão ligada a ti.
As palavras fogem e depressa me sinto num vazio onde não consigo perceber sequer o que estou a sentir.
E não é qualquer sensação que me deixa assim. Nem qualquer pessoa. Nem qualquer momento.
É sentir que a alma fica nua. E achar que devemos fazer o que nos está a passar na cabeça.
É o teu cheiro que colapsa o meu raciocínio.
E eu já começo a despedir-me dele.
A cada passo que damos para nos aproximar-mos, sinto que dou dois para me afastar. E eu não quero. Mas o amor não é tudo, e eu caminho na mesma. Não quero olhar para trás. Não quero olhar para ti. Eras a pessoa que dividia comigo as noites de devaneios. Éramos felizes. E eu continuo a caminhar.
Isto faz sentido?
Não quero que doa. No fundo, só pensamos na dor quando entendemos que não somos sempre felizes. Ou simplesmente, não sabemos lidar com as voltas da vida. Ou ambos.
Não sei se numa dessas voltas nos vamos cruzar de novo. Talvez até sejam as últimas vezes em que te sinto tão perto. E eu que detesto despedidas.
E não me digas que já estamos no limite, porque nós já tocamos no céu. É por isso que eu quero sentir-te, sentir-te mesmo por perto. Porque eu sei, um dia eu vou olhar para trás, e... por muito que eu procure. O teu cheiro vai estar longe.
Isto alguma vez fez sentido?
quinta-feira, 8 de setembro de 2016
O gosto amargo do tempo
"O tempo começou a passar demasiado depressa."
Parece que a vida já não anda, mas corre, e cada vez menos nos deixa pensar no que passamos e no que sentimos. E somos tão fúteis quando nos limitamos apenas a ver a vida a passar. É preciso sentir. Sentir a sensação do vento a passar-nos entre os braços ou sentir a companhia do nosso próprio silêncio. Mas já ninguém quer as coisas simples da vida. É isso, e apenas isso, que faz com que o tempo voe. Não nos apercebemos porque não sentimos. Só vemos. Só ouvimos. Conseguimos ser a nossa própria limitação. Sinto-me limitada a partir do momento em que não consigo ter só e apenas a minha própria companhia. Cada vez mais as pessoas precisam do que os outros fazem, ou têm, ou sabem.
Às vezes nem se conhecem a eles mesmos. E só se sente aquilo que já se conhece.
Não se ama aquilo que não se conhece, nem se detesta aquilo que nunca se provou.
sábado, 26 de dezembro de 2015
As minhas sensações... que também eram tuas.
Detesto ter de calar algumas sensações. As sensações que partilhava contigo. As sensações que eu não tinha de calar porque tu sentias também. As minhas sensações, que também eram tuas.
Amor era mais ou menos isso. Era o alívio por existir alguém que encontrava sempre algo que fizesse sentido no que eu dizia. Encontravas sempre.
Talvez já não faça muito sentido continuar a ter vontade de escrever para ti. E não faz.
Mas eu já fiz sentido para ti. Não fazias sentido para mim. Numa inversão simples de papéis, há muita coisa que agora me faz confusão. Habituaste-me tão mal! Porque é que nunca pensei que há mais além de mim?
Eu sei... Porque foste tu que me habituaste mal. E nem digas que não. Porque tu vivias como se não houvesse algo além de mim.
Como deixei eu que o teu amor me tornasse tão egocêntrica?
Porque foi tão complicado perceber que a lógica da minha sanidade sempre esteve dentro de ti?
Porque é que, mesmo sendo inconsciente, continua a doer?
Porque procuro respostas só agora?
E tu, que eras a resposta, sempre estiveste do meu lado. Vai-se lá entender, e já ninguém entende.... Como tu entendias.
Amor era mais ou menos isso. Era o alívio por existir alguém que encontrava sempre algo que fizesse sentido no que eu dizia. Encontravas sempre.
Talvez já não faça muito sentido continuar a ter vontade de escrever para ti. E não faz.
Mas eu já fiz sentido para ti. Não fazias sentido para mim. Numa inversão simples de papéis, há muita coisa que agora me faz confusão. Habituaste-me tão mal! Porque é que nunca pensei que há mais além de mim?
Eu sei... Porque foste tu que me habituaste mal. E nem digas que não. Porque tu vivias como se não houvesse algo além de mim.
Como deixei eu que o teu amor me tornasse tão egocêntrica?
Porque foi tão complicado perceber que a lógica da minha sanidade sempre esteve dentro de ti?
Porque é que, mesmo sendo inconsciente, continua a doer?
Porque procuro respostas só agora?
E tu, que eras a resposta, sempre estiveste do meu lado. Vai-se lá entender, e já ninguém entende.... Como tu entendias.
sábado, 19 de dezembro de 2015
Silêncio ensurdecedor
Não me ouves chamar o teu nome?
No meio de tudo aquilo que está neste momento à minha volta, nada está à minha volta. Mais ponta solta, menos ponta solta... Que adianta? Estás tão longe. Gostava que soubesses que o tempo ensina um monte de coisas sobre a vida. Ensina e não deixa que voltemos a repetir para fazer o que está certo, pelo menos uma vez. E agora? Posso continuar a chamar por ti? Será que voltas?
Eu já sei que não. Não gosto do arrependimento. Ele insiste em perseguir-me. Leva-o contigo e deixa-o num lugar qualquer bem longe de nós! As mãos ainda transpiram e o coração ainda bate desalmadamente... Será que ainda aguento? Até quando vou estar disposta a trocar o mundo por ti? Eu estou, vou sempre estar. Mas não aguento mais (continuar a gritar sem encontrar os teus olhos)...
No meio de tudo aquilo que está neste momento à minha volta, nada está à minha volta. Mais ponta solta, menos ponta solta... Que adianta? Estás tão longe. Gostava que soubesses que o tempo ensina um monte de coisas sobre a vida. Ensina e não deixa que voltemos a repetir para fazer o que está certo, pelo menos uma vez. E agora? Posso continuar a chamar por ti? Será que voltas?
Eu já sei que não. Não gosto do arrependimento. Ele insiste em perseguir-me. Leva-o contigo e deixa-o num lugar qualquer bem longe de nós! As mãos ainda transpiram e o coração ainda bate desalmadamente... Será que ainda aguento? Até quando vou estar disposta a trocar o mundo por ti? Eu estou, vou sempre estar. Mas não aguento mais (continuar a gritar sem encontrar os teus olhos)...
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
A diferença é que podia ter sido diferente
Com o passar dos dias a angústia faz de mim a sua companhia. Não sei se podia ter sido diferente. Estou a mentir, eu tenho a certeza que podia ter sido diferente. Começa na hipótese que não dei a mim mesma e acaba na hipótese que acabei por perder. Era previsível isto e eu não quis ver. Não sei se gosto desta rotina que a minha alma tem levado. A minha alma levou-me. Se outrora ela vivia coberta de sonhos e esperança, hoje é o dia em que ela não permite que eu olhe para trás e corra em direção àquilo que deixei pelo caminho. Deixei muitos sonhos, muita felicidade e muita outra coisa que eu gostava que fizessem os meus dias neste presente, que nunca mais deixa que o sol volte a brilhar. Nunca me devias ter deixado ir. Eras a única direção na qual eu caminharia de olhos fechados, ainda que não te tivesse deixado dar-me a mão. Agora já não sei se volto a sentir a segurança do manto que outrora foi o meu manto, a minha proteção. Eu já nem sei como se sente o amor quando perde, mas a verdade é que me sinto perdida. Descobrimos o amor em horas difíceis, a vida diz-nos em segundos que andamos enganados durante dias. É arriscado dizer que te perdi? Não sei viver com o facto de saber que o lado que mais me apaixonava em ti está agora sombrio, oculto até, a estes meus olhos. Olho para ti e vejo algo que já não contém aquilo que eu queria ver e já não está na minha direção.
Talvez não consiga fazer uma conclusão para este momento, porque não sei até quando esta agonia vai durar, mas a verdade é só e apenas uma: a vontade de voltar é cada vez maior e o arrependimento de deixar que algo tão forte tivesse ido pelos nossos dedos é avassalador. Queria dizer-te para ficares e tentarmos a reatar a sintonia que nos tornava inesquecíveis. Mas, de forma incrível, oculto o meu egoísmo e tento sobreviver enquanto o meu coração não encontra nenhum sossego nestas noites que fazem com que a minha vida não consiga encontrar o caminho certo.
Posso chamar por ti?
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
Muralhas derrubadas
O que vai acontecer é que vou selar mais um pouquinho de mim. Já não é a primeira vez que preciso de me isolar por dentro. Sempre fui perita em mostrar as coisas certas nos momentos errados. E que mal tem? Todo. Há uma coisa que se guarda bem dentro de nós que só se salienta nos momentos em que já não aguentamos mais. Essa coisa que se traduz em tanta outra coisa são as palavras que ficaram por dizer. Aplicar as mesmas palavras em momentos diferentes da nossa vida terão efeitos diferentes de cada vez que o fizermos. Talvez agora já não importe para o mundo. Mas importa para um mundo que é meu. E a memória é uma arma contra nós mesmos. É ela que faz a minha consciência trabalhar. Mesmo que derrubemos as muralhas, vamos sempre saber que, um dia, elas estiveram ali.
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
(con)fusões de consciências
"Deixa-me falar."
Aí tu deixas e eu digo tudo, menos aquilo que eu já tinha pensado dizer antes de te encontrar. Belo serviço, como se já não fosse assim desde a primeira vez que trocamos palavras pelo olhar. Acabei de dizer tanta coisa e ao mesmo tempo não disse nada. Não sei se ainda tens a mesma paciência para me deixar voltar a falar e tentar que compreendas a minha cabeça.
O que eu te queria, e quero!, dizer é.... eu não sei como colocar dentro das palavras as sensações, os sentimentos. Estou outra vez a tentar que leias o que os meus sentimentos tentam expressar nestas palavras, que parecem que dizem alguma coisa mas só tentam, mas... achas certo?
Sensato? Leal?
Se os laços pareciam tão seguros, quase tão seguros como os abraços! Eu pensava que sim. Sempre suspeitei que fosses a sanidade da minha consciência. Por isso, eu não acho certo.
Acho que o que nos une, e faz(ia) de nós o que até hoje 'tentamos' ser, é a nossa insanidade. Insanos, mas sempre precisamos disso para sermos conscientes.
E a minha consciência sente, sente a ausência que a nossa amizade provocou. Queria tanto que ficasses, mesmo que a vida te leve para a frente, gostava que levasses contigo o que construímos juntos.
As palavras insistem em não traduzir 'ao sentimento' o que quero. Mas as palavras ajudam num desabafo meio sarrabiscado. Não me deixes dizer mais nada. Já não sei dizer nada.
Talvez quando reacendermos uma luz há muito apagada, possamos voltar a falar com os olhos, afinal, não eras tu a sanidade que me transmitias? Sinto saudades tuas, mas o meu orgulho não me vai deixar soltar muitas mais palavras, por isso, guarda estas.
Agora, não fales, as tuas melhores palavras sempre foram silenciosas.
Aí tu deixas e eu digo tudo, menos aquilo que eu já tinha pensado dizer antes de te encontrar. Belo serviço, como se já não fosse assim desde a primeira vez que trocamos palavras pelo olhar. Acabei de dizer tanta coisa e ao mesmo tempo não disse nada. Não sei se ainda tens a mesma paciência para me deixar voltar a falar e tentar que compreendas a minha cabeça.
O que eu te queria, e quero!, dizer é.... eu não sei como colocar dentro das palavras as sensações, os sentimentos. Estou outra vez a tentar que leias o que os meus sentimentos tentam expressar nestas palavras, que parecem que dizem alguma coisa mas só tentam, mas... achas certo?
Sensato? Leal?
Se os laços pareciam tão seguros, quase tão seguros como os abraços! Eu pensava que sim. Sempre suspeitei que fosses a sanidade da minha consciência. Por isso, eu não acho certo.
Acho que o que nos une, e faz(ia) de nós o que até hoje 'tentamos' ser, é a nossa insanidade. Insanos, mas sempre precisamos disso para sermos conscientes.
E a minha consciência sente, sente a ausência que a nossa amizade provocou. Queria tanto que ficasses, mesmo que a vida te leve para a frente, gostava que levasses contigo o que construímos juntos.
As palavras insistem em não traduzir 'ao sentimento' o que quero. Mas as palavras ajudam num desabafo meio sarrabiscado. Não me deixes dizer mais nada. Já não sei dizer nada.
Talvez quando reacendermos uma luz há muito apagada, possamos voltar a falar com os olhos, afinal, não eras tu a sanidade que me transmitias? Sinto saudades tuas, mas o meu orgulho não me vai deixar soltar muitas mais palavras, por isso, guarda estas.
Agora, não fales, as tuas melhores palavras sempre foram silenciosas.
sábado, 5 de setembro de 2015
O futuro não é nada.
Quando eu percebi que somos efémeros, descobri que o futuro não é nada.
Mais uma brilhante descoberta, que apenas estava encoberta e o presente não queria que eu visse.
Sem querer, num dia de chuva, eu descobri. Eu não queria, aliás, ninguém queria.
Junto com o fim descobri a saudade, mas esta tinha um sabor diferente. Deixa até aos dias que correm um gosto amargo na vida. Dizem que o tempo cura, que as lembranças trazem sorrisos e que o nosso coração guarda com carinho aquilo que o futuro já não terá. As pessoas que sentem o gosto do fim sabem perfeitamente que as saudades são crescentes e que o desejo de voltar a abraçar aquilo que já não temos só cresce. Saudades que não se curam, escurecem tanto o nosso coração. Olho para o céu e ele parece tão perto. Nem sequer sei se lá estás, a verdade é que não sei se te volto a encontrar neste universo, é tão grande. E Tu és tão pequenina e tão frágil. Espero que os nossos laços sejam o caminho que nos leve ao reencontro.
Porque o futuro só será alguma coisa se eu te puder encontrar lá.
Saudades.
sábado, 23 de maio de 2015
Uma mão cheia de nada
Quase me perdi na dor que por aqui anda. Não sei que dia é hoje e só sei as horas por curiosidade dos meus olhos que basta pensar que eles já estão a fazer. Procuro por mil e uma coisa, e dessas mil e uma, não encontro nem uma. Ando chateada com a mentalidade das pessoas, e, posso afirmar com quase toda a certeza do mundo, que não é o meu ego que está a falar alto. Sinto que não sei dar-me com as pessoas. Que sou insuficiente. A minha tristeza consome-me ao ponto de me deixar a tremer com os nervos à flor desta pele branca que se confunde com nada. Passo bem por nada. Não entendo. As pessoas não querem sequer tentar entender. Agarro-me a todas as rezinhas, a todos os pensamentos positivos que ainda se tentam fazer notar no meu pensamento. Agarro, e quando volto a abrir a mão... Já se foram. Não seguro nada e sinto que já nada me segura. Insanidade, não te quero conhecer na palma da minha mão.
quarta-feira, 4 de março de 2015
dores (d)atadas
O dia de hoje queria passar sem que eu desse conta da tua falta. O sol voltou, hoje, depois de alguns dias de chuva. Preencheste o meu dia, tu, sim... Tu que sabes bem da dor de me lembrar da saudade. Preencheste o meu dia na esperança dele passar sem que eu me lembrasse de ti. Se és transcendente e consegues tudo aquilo que queres, hoje falhaste. Não preciso de me lembrar que existe um vazio dentro de mim, porque eu vou saber sempre. Saber, sentir.... Mesmo que o tente 'apagar' ou amenizar. A dor é um estado de espírito que demora muito a conformar-se para depois se difundir com a nossa realidade. Saber carregar uma dor ao peito. Saber 'adormecer' a dor. Saber que ela está lá. Dói, e vai doer, desculpa que te diga, mas vai doer para sempre. É só mais um dia sem ti, não tem tanta importância, porque já não é 'mais um dia' contigo. Já não há mais disso. Há dias, há horas e minutos e todos esses espaços de tempo que têm feito questão de passar muito devagarinho, sem ti. Por isso, eu já não quero saber dos calendários, já não quero saber se hoje faz semanas, meses ou dias sem ti. Não são estes dias específicos sem ti que doem. São todos. Todos as maneiras de contar o tempo que me fizeram aperceber que, mesmo que conte, tu já não voltas em dia nenhum. Gostava que ficasses, mais um dia, mais uma hora, mas que ficasses.
Sei que hoje continua a contagem, no fundo, não continua hoje, continua todos os dias, desde que me lembro de ter saudades tuas. E continuo a ter. E vou ter sempre, só tenho a tua imagem guardada, com todos os traços da tua cara e todas as expressões. Guardo tudo, é quase tão real como se te guardasse a ti.
3...2...1, que venha mais um dia. Adoro-te muito.
Sei que hoje continua a contagem, no fundo, não continua hoje, continua todos os dias, desde que me lembro de ter saudades tuas. E continuo a ter. E vou ter sempre, só tenho a tua imagem guardada, com todos os traços da tua cara e todas as expressões. Guardo tudo, é quase tão real como se te guardasse a ti.
3...2...1, que venha mais um dia. Adoro-te muito.
Subscrever:
Mensagens (Atom)