Parece que a vida já não anda, mas corre, e cada vez menos nos deixa pensar no que passamos e no que sentimos. E somos tão fúteis quando nos limitamos apenas a ver a vida a passar. É preciso sentir. Sentir a sensação do vento a passar-nos entre os braços ou sentir a companhia do nosso próprio silêncio. Mas já ninguém quer as coisas simples da vida. É isso, e apenas isso, que faz com que o tempo voe. Não nos apercebemos porque não sentimos. Só vemos. Só ouvimos. Conseguimos ser a nossa própria limitação. Sinto-me limitada a partir do momento em que não consigo ter só e apenas a minha própria companhia. Cada vez mais as pessoas precisam do que os outros fazem, ou têm, ou sabem.
Às vezes nem se conhecem a eles mesmos. E só se sente aquilo que já se conhece.
Não se ama aquilo que não se conhece, nem se detesta aquilo que nunca se provou.
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