terça-feira, 22 de novembro de 2016

Não sabes...

Tu não sabes o que fizeste comigo. E eu também nunca vou conseguir explicar-te. Quero que fiques mas, ao mesmo tempo, quero que vás. E isto não se explica.
Esta minha cabeça dá, todos os dias, a volta ao álbum dos momentos que nunca fotografamos, mas vivemos. E quase que consigo voltar a sentir o vento frio da foz, num domingo à noite! Quase que consigo ouvir as horas de conversa aleatória que tínhamos pela madrugada fora...
Eu ainda choro que nem uma menina. E tu nem imaginas... E ainda não sei bem o porquê.
Às vezes até consigo ter medo das saudades que sinto. E já não sou assim tão pequena para ainda ter medo de ter saudades, porque não há que ter medo, sabemos bem aquilo que são. É precisamente por saber bem demais o que elas são que tenho medo. São capazes de nos fazer esquecer tudo aquilo que temos na cabeça, num determinado momento, para que o nosso cérebro se esforce ao máximo para tornar o nosso pensamento o mais real possível: como sentir o teu cheiro, ou voltar a ver maneira como sorriste para mim, ou para ouvir as gargalhadas que dávamos por causa de coisas sem qualquer sentido.

E não me digas o que isto é...

Porque ninguém sabe o que fizeste comigo.

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