Detesto ter de calar algumas sensações. As sensações que partilhava contigo. As sensações que eu não tinha de calar porque tu sentias também. As minhas sensações, que também eram tuas.
Amor era mais ou menos isso. Era o alívio por existir alguém que encontrava sempre algo que fizesse sentido no que eu dizia. Encontravas sempre.
Talvez já não faça muito sentido continuar a ter vontade de escrever para ti. E não faz.
Mas eu já fiz sentido para ti. Não fazias sentido para mim. Numa inversão simples de papéis, há muita coisa que agora me faz confusão. Habituaste-me tão mal! Porque é que nunca pensei que há mais além de mim?
Eu sei... Porque foste tu que me habituaste mal. E nem digas que não. Porque tu vivias como se não houvesse algo além de mim.
Como deixei eu que o teu amor me tornasse tão egocêntrica?
Porque foi tão complicado perceber que a lógica da minha sanidade sempre esteve dentro de ti?
Porque é que, mesmo sendo inconsciente, continua a doer?
Porque procuro respostas só agora?
E tu, que eras a resposta, sempre estiveste do meu lado. Vai-se lá entender, e já ninguém entende.... Como tu entendias.
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